O que é TCP/IP?

TCP/IP, ou Transmission Control Protocol/Internet Protocol, é um conjunto de protocolos de comunicação amplamente utilizado na Internet e em redes de computadores. Ele fornece as bases para o envio, recebimento e roteamento de dados em redes de computadores.

O TCP é responsável pelo controle de transmissão dos dados, garantindo que os pacotes de informação sejam entregues de forma confiável, ordenada e sem erros. Ele divide os dados em pacotes, adiciona informações de controle, como números de sequência e verificações de integridade, e estabelece uma conexão entre os dispositivos de origem e destino.

O IP, por sua vez, é o protocolo responsável pelo endereçamento e roteamento dos pacotes na Internet. Ele define como os pacotes são encapsulados e enviados através das redes, permitindo que eles sejam entregues corretamente aos destinos corretos. O IP atribui um endereço IP exclusivo a cada dispositivo conectado à rede, permitindo a identificação e localização dos mesmos.

Além do TCP e IP, o conjunto de protocolos TCP/IP inclui outros protocolos relacionados, como o UDP (User Datagram Protocol), que oferece uma forma mais simples de comunicação sem garantia de entrega confiável, e o ICMP (Internet Control Message Protocol), que é usado para trocar mensagens de controle e erro.

Em conjunto, o TCP/IP permite a comunicação eficiente e confiável entre diferentes dispositivos e redes em todo o mundo. Ele estabelece as bases para a troca de dados na Internet, possibilitando o acesso a sites, envio de e-mails, transferência de arquivos e muitas outras atividades online que fazem parte do nosso dia a dia.

Quais aplicações usam TCP/IP?

O conjunto de protocolos TCP/IP é amplamente utilizado na Internet e em redes de computadores para uma variedade de aplicações. Aqui estão algumas das principais aplicações que fazem uso do TCP/IP:

  • Navegação na Web: Os navegadores da web, como o Google Chrome, Mozilla Firefox e Microsoft Edge, utilizam o TCP/IP para acessar sites e exibir conteúdo da web. O TCP é responsável pela transmissão confiável dos dados, enquanto o IP lida com o roteamento dos pacotes pela Internet.
  • E-mail: Protocolos como o SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) e o POP (Post Office Protocol) ou o IMAP (Internet Message Access Protocol) são usados para enviar e receber e-mails. Esses protocolos são baseados no TCP/IP para transmitir as mensagens de e-mail entre os servidores de e-mail.
  • Transferência de Arquivos: Protocolos como o FTP (File Transfer Protocol) e o SFTP (Secure File Transfer Protocol) são usados para transferir arquivos entre computadores. Esses protocolos utilizam o TCP/IP para garantir a entrega confiável dos dados durante a transferência.
  • Acesso Remoto: Aplicações de acesso remoto, como o SSH (Secure Shell) e o RDP (Remote Desktop Protocol), permitem que os usuários acessem e controlem remotamente outros computadores. Esses protocolos são baseados no TCP/IP para estabelecer uma conexão segura e transmitir os comandos e as informações entre os dispositivos.
  • Chamadas de Voz e Vídeo: Protocolos como o VoIP (Voice over Internet Protocol), que inclui o popular serviço de comunicação Skype, utilizam o TCP/IP para permitir chamadas de voz e vídeo pela Internet. O TCP/IP é responsável pela transmissão dos dados de áudio e vídeo entre os participantes da chamada.

Essas são apenas algumas das muitas aplicações que fazem uso do conjunto de protocolos TCP/IP. Esses protocolos fornecem as bases para a comunicação confiável e eficiente na Internet e são essenciais para o funcionamento de várias atividades online que realizamos diariamente.

Diferença entre TCP e UDP

A diferença fundamental entre TCP (Transmission Control Protocol) e UDP (User Datagram Protocol) está na forma como eles lidam com a entrega dos dados e a confiabilidade da transmissão. Aqui estão as principais diferenças entre os dois:

  • Confiança na entrega: O TCP é um protocolo orientado à conexão e oferece uma entrega confiável dos dados. Isso significa que, ao usar o TCP, os pacotes de dados são verificados quanto a erros, retransmitidos se necessário e montados em ordem no destino. O UDP, por outro lado, é um protocolo sem conexão e não garante a entrega confiável dos dados. Os pacotes UDP são enviados sem verificação de erros ou retransmissão, o que resulta em uma transmissão mais rápida, porém menos confiável.
  • Controle de fluxo e congestionamento: O TCP inclui mecanismos de controle de fluxo e congestionamento para evitar sobrecarregar a rede e garantir uma transmissão eficiente. Ele gerencia a taxa de transmissão dos dados com base nas condições da rede. O UDP não possui esses mecanismos e não faz controle de fluxo ou ajuste de taxa de transmissão. Isso significa que, se a rede estiver congestionada, pacotes UDP podem ser perdidos ou descartados.
  • Estrutura de pacotes: O TCP e o UDP têm diferentes estruturas de pacotes. Os pacotes TCP contêm informações extras, como números de sequência, números de confirmação e verificação de integridade dos dados, para garantir a entrega ordenada e confiável. Os pacotes UDP são mais simples e contêm apenas informações básicas, como portas de origem e destino, tamanho do pacote e dados.
  • Aplicações comuns: O TCP é amplamente utilizado em aplicações que requerem uma entrega confiável de dados, como navegação na web, e-mail, transferência de arquivos e streaming de mídia. O UDP é comumente usado em aplicações que exigem transmissão rápida de dados, como streaming de vídeo ao vivo, jogos online e VoIP.

Em resumo, o TCP oferece uma entrega confiável, controle de fluxo e congestionamento, mas tem uma sobrecarga adicional e é mais lento em comparação com o UDP. O UDP é mais rápido, mas não garante a entrega confiável e não possui controle de fluxo. A escolha entre TCP e UDP depende das necessidades da aplicação, priorizando a confiabilidade ou a velocidade na transmissão de dados.

Como surgiu o protocolo ?

O TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) é um conjunto de protocolos de comunicação utilizado para a troca de informações na Internet. Sua origem remonta aos anos 1960, quando a ARPA (Advanced Research Projects Agency), uma agência do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, iniciou o desenvolvimento de uma rede de computadores chamada ARPANET.

O projeto da ARPANET começou como uma iniciativa de pesquisa para conectar computadores de diferentes instituições acadêmicas e de pesquisa. Inicialmente, a ARPANET utilizava um conjunto de protocolos chamado NCP (Network Control Program) para gerenciar a comunicação entre os computadores.

No entanto, com o crescimento da rede e a necessidade de estabelecer comunicação entre diferentes tipos de computadores e sistemas operacionais, tornou-se evidente a necessidade de um conjunto de protocolos mais flexível e aberto. Foi quando, na década de 1970, os engenheiros Vint Cerf e Robert Kahn desenvolveram o TCP/IP.

O TCP/IP foi projetado para ser um conjunto de protocolos interligados e independentes de plataforma, permitindo que diferentes sistemas se comunicassem entre si. O TCP (Transmission Control Protocol) foi responsável pela divisão dos dados em pacotes, controle de fluxo, garantia de entrega e sequenciamento. O IP (Internet Protocol), por sua vez, cuidava do roteamento e endereçamento dos pacotes de dados.

O TCP/IP tornou-se o padrão da ARPANET e, posteriormente, da Internet conforme ela foi se expandindo. A adoção generalizada do TCP/IP ocorreu na década de 1980, quando a ARPANET evoluiu para a moderna Internet. O TCP/IP foi escolhido como o protocolo central da Internet devido à sua flexibilidade, confiabilidade e capacidade de interconectar redes heterogêneas.

Desde então, o TCP/IP passou por várias revisões e atualizações para acomodar novas tecnologias e necessidades da Internet. Atualmente, ele é amplamente utilizado em todo o mundo como o conjunto de protocolos padrão para a comunicação em redes e é considerado um dos fundamentos da Internet moderna.

Comunicação cliente x host via TCP/IP

Na comunicação TCP/IP, o uso de um hostname é importante para facilitar a identificação e localização dos dispositivos na rede. Um hostname é um rótulo atribuído a um dispositivo ou servidor em uma rede, e ele é geralmente representado por um nome legível para os seres humanos, como “www.exemplo.com” ou “servidor1”.

Quando um dispositivo deseja se comunicar com outro usando um hostname, o primeiro passo é converter esse hostname em um endereço IP correspondente. Isso é feito usando um sistema de resolução de nomes, geralmente implementado pelo protocolo DNS (Domain Name System).

O DNS é responsável por mapear hostnames em endereços IP. Quando um dispositivo precisa resolver um hostname, ele envia uma consulta ao servidor DNS configurado na sua rede. O servidor DNS consulta sua base de dados para encontrar o endereço IP associado ao hostname solicitado e retorna essa informação ao dispositivo solicitante.

Com o endereço IP em mãos, a comunicação TCP/IP pode ocorrer. O TCP/IP utiliza o endereço IP para identificar o destino ou origem dos pacotes de dados que são enviados na rede. Os pacotes de dados contêm tanto o endereço IP do dispositivo de origem quanto o endereço IP do dispositivo de destino, permitindo que os dispositivos se comuniquem corretamente.

Em resumo, o uso de um hostname na comunicação TCP/IP envolve a resolução desse hostname em um endereço IP por meio do DNS. O endereço IP é então utilizado para rotear os pacotes de dados entre os dispositivos na rede, permitindo a comunicação efetiva. O hostname torna mais fácil para os usuários humanos identificarem e lembrarem-se dos dispositivos na rede, enquanto o endereço IP é usado pelos protocolos de comunicação para o encaminhamento dos dados.

Como funciona o endereçamento IP na internet?

O endereçamento IP é um sistema utilizado para identificar e localizar dispositivos em uma rede de computadores. O IP (Internet Protocol) é responsável por atribuir um endereço IP exclusivo a cada dispositivo conectado à rede. Existem dois principais protocolos IP em uso atualmente: o IPv4 e o IPv6.

No IPv4, os endereços IP são compostos por 32 bits, geralmente representados como quatro números separados por pontos. Por exemplo, 192.168.0.1 é um endereço IPv4 comum. Isso permite um total de cerca de 4,3 bilhões de endereços únicos possíveis. No entanto, devido ao rápido crescimento da Internet, os endereços IPv4 estão se esgotando.

O IPv6 foi desenvolvido para resolver esse problema de esgotamento de endereços do IPv4. No IPv6, os endereços IP são compostos por 128 bits, geralmente representados em uma notação hexadecimal separada por dois pontos. Por exemplo, 2001:0db8:85a3:0000:0000:8a2e:0370:7334 é um endereço IPv6. Com essa quantidade maior de bits, o IPv6 permite um número extremamente grande de endereços IP possíveis.

Para que os dispositivos possam se comunicar uns com os outros, é necessário um sistema de roteamento. Os roteadores são responsáveis por encaminhar os pacotes de dados de um dispositivo para outro, utilizando o endereço IP de destino para determinar a rota correta.

Existem também duas categorias principais de endereços IP: endereços IP públicos e endereços IP privados. Os endereços IP públicos são fornecidos pelos provedores de Internet e são utilizados para identificar dispositivos na Internet global. Já os endereços IP privados são reservados para redes locais, como redes domésticas e de escritório. Esses endereços não são roteáveis diretamente na Internet e são utilizados para comunicação interna dentro da rede local.

Em resumo, o endereçamento IP é um sistema que atribui identificadores únicos para dispositivos em uma rede. Os endereços IP permitem a comunicação entre os dispositivos e são essenciais para o funcionamento da Internet. O IPv4 e o IPv6 são os protocolos IP mais utilizados, e os roteadores desempenham um papel importante no encaminhamento dos pacotes de dados com base nos endereços IP.

Como o TCP/IP mudou a história da internet?

O TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) desempenhou um papel fundamental na evolução e no crescimento da Internet. Aqui estão algumas maneiras pelas quais o TCP/IP mudou a Internet:

  • Padronização da comunicação: O TCP/IP estabeleceu um conjunto de protocolos padronizados para a comunicação de redes. Antes do TCP/IP, havia uma variedade de protocolos incompatíveis sendo usados por diferentes redes. A adoção do TCP/IP como o protocolo principal da Internet trouxe uma padronização global, permitindo que dispositivos e redes diferentes se comunicassem de maneira eficiente.
  • Escalabilidade e expansão: O TCP/IP foi projetado para suportar redes de grande escala. Ele forneceu uma estrutura robusta e flexível para a expansão da Internet à medida que ela crescia rapidamente. A capacidade do TCP/IP de rotear pacotes de dados pela Internet permitiu que redes se conectassem umas às outras, formando a infraestrutura global da Internet.
  • Confiabilidade na entrega de dados: O TCP/IP introduziu mecanismos para garantir a entrega confiável dos dados. O TCP, parte do conjunto de protocolos TCP/IP, divide os dados em pacotes, realiza verificações de integridade, retransmite pacotes perdidos e reordena os pacotes na ordem correta no destino. Isso tornou a transmissão de dados mais confiável, garantindo que os pacotes cheguem corretamente e em sequência.
  • Roteamento de pacotes: O TCP/IP introduziu o roteamento de pacotes, permitindo que os pacotes de dados fossem enviados por várias redes e roteadores até atingir seu destino final. O IP, parte do conjunto de protocolos TCP/IP, é responsável pelo roteamento e encaminhamento dos pacotes de dados. Isso permitiu a comunicação entre dispositivos em diferentes redes e a formação de uma rede global interconectada.
  • Expansão da Internet para serviços e aplicativos diversos: Com o TCP/IP, a Internet evoluiu de uma simples rede de troca de mensagens para uma plataforma que suporta uma ampla variedade de serviços e aplicativos. Desde a navegação na web e e-mail até chamadas de voz, vídeo e streaming de mídia, o TCP/IP permitiu o desenvolvimento de uma infinidade de serviços e aplicações que se tornaram parte essencial da nossa vida digital.

Em resumo, o TCP/IP mudou a Internet ao fornecer uma base sólida para a comunicação em rede. Sua padronização, escalabilidade, confiabilidade na entrega de dados e recursos de roteamento abriram caminho para o crescimento e a expansão da Internet, transformando-a em uma rede global interconectada que suporta uma ampla gama de serviços e aplicativos.

Como eram as redes antes do TCP/IP?

Antes da adoção generalizada do TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol), as redes de computadores operavam com uma variedade de protocolos diferentes, muitos dos quais eram específicos para cada rede ou fabricante. Aqui estão algumas das redes mais conhecidas antes do TCP/IP:

ARPANET: A ARPANET, desenvolvida pela ARPA (Advanced Research Projects Agency), foi uma das primeiras redes de computadores a utilizar um protocolo em escala nacional nos Estados Unidos. Inicialmente, a ARPANET utilizava o protocolo NCP (Network Control Program) para gerenciar a comunicação entre os computadores.

X.25: O X.25 foi um conjunto de protocolos padronizado pela ITU-T (International Telecommunication Union – Telecommunication Standardization Sector) para redes de comutação de pacotes em todo o mundo. Foi amplamente utilizado nas décadas de 1970 e 1980, especialmente em redes de comunicação de dados públicas, como redes de pacotes públicas (Public Packet-Switched Networks – PSNs).

DECnet: O DECnet foi um protocolo de rede desenvolvido pela Digital Equipment Corporation (DEC) para suas linhas de computadores, como os sistemas VAX e PDP. Ele permitia a comunicação entre computadores DEC em uma rede local ou distribuída.

SNA: O SNA (Systems Network Architecture) era um conjunto de protocolos desenvolvidos pela IBM para redes de computadores mainframe. Ele foi amplamente utilizado nas redes IBM durante as décadas de 1970 e 1980.

Esses são apenas alguns exemplos das redes e protocolos utilizados antes do TCP/IP se tornar predominante. Cada rede tinha suas próprias especificações e protocolos de comunicação, o que tornava a interconexão entre diferentes redes um desafio. A adoção generalizada do TCP/IP como o protocolo principal da Internet trouxe uma padronização e compatibilidade que permitiram a interconexão de redes de diferentes fabricantes e facilitaram a expansão da Internet em escala global.

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Gustavo Carvalho

Gustavo Carvalho

Analista de sistemas, formado pela PUC-Rio. Programador, gestor de redes e diretor da empresa Homehost. Pai do Bóris, seu pet de estimação. Gosta de rock'n'roll, cerveja artesanal e de escrever sobre assuntos técnicos.

Contato: gustavo.blog@homehost.com.br

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